quarta-feira, 28 de julho de 2010

Punk’s anarquistas por essência (5ª Edição)


O máximo de bem-estar, o máximo de liberdade, o maior desenvolvimento possível para todos os seres humanos. Suas idéias e sua vontade têm sua origem no sentimento de simpatia, de amor e de respeito por todos os humanos: sentimento que deve ser bastante forte para levá-lo a desejar o bem dos outros tanto quanto o seu próprio, e a renunciar a toda vantagem pessoal cuja aquisição implicaria o sacrifício de outrem. Senão, por que não ser inimigo da opressão e não tentar tornar a si próprio um opressor? O anarquista sabe que o indivíduo não pode viver fora da sociedade e que ele só existe enquanto indivíduo porque traz consigo a soma total do trabalho de incontáveis gerações passadas e se beneficia, ao longo de sua vida, com a colaboração de seus contemporâneos. Ele sabe que a atividade de cada um tem uma influência, direta ou indireta, na vida de todos e, por isso mesmo, reconhece a grande lei da solidariedade que prevalece na sociedade humana assim como na natureza. E como deseja a liberdade para todos, é preciso que deseje também que a ação desta solidariedade essencial não seja imposta e sofrida inconsciente e involuntariamente, nem deixada ao acaso e explorada em benefício de alguns em detrimento da maioria, mas que, ao contrário, ela se torne consciente e voluntária e se faça, por isso mesmo, em benefício de todos igualmente. Ser oprimido, ser opressor ou cooperar voluntariamente para o maior bem de todos; não há alternativa possível, e os anarquistas são voltados naturalmente - não podem deixar de sê-lo para a cooperação deliberada e livre. Que não venham "filosofar" e nos falar de egoísmo, de altruísmo e de outros quebra-cabeças. Estamos de acordo: somos todos egoístas, todos procuramos nossa própria satisfação. Contudo, é anarquista aquele cuja maior satisfação é lutar para o bem de todos, para a construção de uma sociedade onde, irmão entre seus irmãos, ele possa viver entre homens sãos, inteligentes, cultos e felizes. Em contrapartida, aquele que pode adaptar-se e viver contente entre escravos, e tirar proveito do trabalho dos escravos, este não é e não pode ser anarquista. (...)

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